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UBÁ> FAMÍLIA RETIRADA DE PAVILHÃO DA COLÔNIA RECEBE APOIO DA DEFENSORIA PÚBLICA

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O bebê de seis meses é amamentado pela Mãe em um Pavilhão onde sua família morava
O jovem Paulo, conseguiu um local emprestado para colocar os seus pertences

No meio da manhã dessa terça-feira,06/02, nossa reportagem foi acionada para comparecer na parte interna da Colônia Padre Damião. Segundo os moradores, uma família com duas crianças, uma de 2 anos e outra de seis meses, estavam sendo retirada do Pavilhão A13. Segundo os oficiais de justiça e documentos que tivemos acessos, mas que não foram permitidos a publicidade, o senhor Paulo, teria, “invadido”, o imóvel e estaria morando no local. 

Segundo laudos apresentados, o imóvel, desde 2019, estaria em estado de risco de desabamento e risco de incêndio. Porém, o pai das crianças e a mãe, acessaram o local e permaneceram até o ontem. Chama a atenção, que há outra família morando no mesmo Pavilhão e não há registro de notificação.

MÃO DE FERRO
Os oficiais de justiça, acompanhado de uma guarnição da Polícia Militar, chegaram pela manhã e apresentaram a ordem de posse e solicitaram a imediata retirada dos móveis e devolução do imóvel. Tudo isso, aconteceu sem a presença de nenhuma outra autoridade do Estado de Minas, Fhemig, ou mesmo do município de Ubá. 

Diante da fúria do estado sobre a família, foi necessário acionar uma rede de ajuda e contatos para que fosse minimizado o impacto sobre as crianças e os pais. Inicialmente houve uma resistência por parte do município de Ubá, entretanto a sensibilidade de outros, ajudou a movimentar e o órgão Conselho Tutelar compareceu no local e iniciou o processo de orientação.

No local, nossa reportagem realizou contatos com o secretário de desenvolvimento social, Flávio Monteze, e a senhora Cláudia Garcia, que imediatamente acionou o Conselho Tutelar pedindo prioridade na ação. Em contato com a Defensoria Pública da Comarca de Ubá, foi orientado aguardar e que ações seriam tomadas. No fim do dia, já com quase todos os móveis retirados, recebemos a informação que o processo de reintegração de posse foi suspenso. O caso seguirá na Justiça.

NOTA DA REDAÇÃO
Esperamos que as autoridades deem uma atenção ativa não apenas para este caso relato acima, mas para os outros existentes. É muito claro, que há por parte de uns e do próprio Estado, tentar apagar toda História ali existente. Os imóveis que segundo os laudos podem cair, parece que assim como a História, resistem ao tempo. Não se pode ser frios e baseado em matemática e cálculos, tomar decisões que afetam o emocional de pessoas, que muitos nascidos e criados naquelas ruas e imóveis.

Amarildo Oliveira Netto
Fundador e editor Jornal Ubaense online
MTB 18506/MG