UBÁ> OBRIGADOS POR FALTA DE PAGAMENTO E 13º, FUNCIONÁRIOS DO HOSPITAL SÃO VICENTE PROMOVEM PARALISAÇÃO

Cerca de 50 funcionários realizam na manhã desta quarta-feira,27/12, o segundo dia de paralisação no setor de Lavanderia e Limpeza do Hospital São Vicente de Paulo. A adesão à paralisação dos demais setores é pontual e de acordo com horários, para não atrapalhar o atendimento à população ubaense.

Entenda o caso

O Hospital São Vicente de Paulo, já vem há anos amargando problemas financeiros devidos aos erros administrativos dos provedores e diretores que passaram por lá. Segundo as informações, a dívida ultrapassa os R$ 15 milhões acumuladas ao longo desses anos.

Atualmente, o Hospital vive dos recursos do SUS, e convênios da Prefeitura de Ubá. Esse valores repassados, somam em, média, variavelmente, entre R$ 600 a R$ 900 mil.

 

Como funciona?

A responsabilidade do financiamento do sistema Único de Saúde (SUS) é Tripartite, ou seja, das três esferas de governo: federal, estadual e municipal, por meio da vinculação de orçamento da seguridade social.
O repasse é feito mediante a apresentação de fatura, que tem como base uma tabela do Ministério da Saúde (TabNet) que especifica quanto vale cada tipo de procedimento.

Segundo as informações apuradas junto a atual provedoria, os documentos necessários para o recebimento de recursos, vários estavam vencidos ou desatualizados. Em conversa nesta manhã com um dos gestores terceirizado para administrar o HSVP, esses documentos finalmente foram atualizados e o último que estava pendente, Alvará sanitário, foi atualizado, o que permite, agora, receber o “Valora Minas”.(Saiba mais)

Ainda, de acordo, com a direção do Hospital, com esse documento em dia, agora, será possível receber recursos, inclusive, espera-se que os valores repassados seja o suficiente para pagar a primeira e segunda parcela do 13º dos funcionários.

FGTS
Segundo as informações o pagamento está atrasado, mas conforme a direção, medidas para quitar os débitos estão sendo providenciadas.

GRANDE PROBLEMA

Segundo as informações, o Hospital São Vicente de Paulo, tem hoje, pelo menos quatro grandes empréstimos bancários, que ultrapassa mais de R$ 1 milhão e meio, esses valores, são debitados, no crédito via SUS, que a instituição recebe – ou seja, quanto mais atendimento, mais recursos a receber, menos atendimento, menos recursos, porém, as parcelas feitas são debitadas.

PARALISAÇÃO LEGÍTIMA

Os funcionários dos setores de lavanderia e limpeza, realizaram na terça, (26) e quarta-feira, (27/12), uma paralisação para chamar a atenção da população e pressionar a direção do Hospital. Parte da reivindicação foi atendida, o salário referente ao mês de novembro, foi pago, após o recebimento da parcela SUS, já os valores do décimo terceiro, ainda é aguardado.

RETORNO AO TRABALHO

Sem a presença de representantes da diretoria, mas em comum acordo, os funcionários, voltaram para suas atividades e deram um prazo de até terça-feira, 2 de janeiro de 2024, para solucionar o problema.

Infelizmente, nossa reportagem não foi bem recebida pelos funcionários paralisados, porque segundo eles, devido uma matéria realizada recentemente em homenagem aos Médicos, teria os incomodados.

**NOTA DA REDAÇÃO

Em 12 anos de jornalismo e cinco de Jornal Ubaense online, quem sabe, e não precisamos provar, que nosso caráter e ética, jamais poderá ser colocado em dúvida. Nosso compromisso é com o fato, com a verdade e não temos lado. 

A TENTATIVA de intimidação a este jornalista por um funcionário nas dependências do Hospital, não vai resolver e ainda só vai tirar força dos colegas. Não querer usar do nosso trabalho para expor o lado de cada um ou expor à população os acontecimentos, é uma escolha, mas não podemos aceitar a intimidação.

Dito isso, reiteramos que nosso compromisso é com o Hospital – caso venha fechar as portas – TODOS – irão perder. Por isso, mesmo que “uns”, instigar outros, em não querer falar conosco, é uma opção, mesmo assim, lembre-se, ainda, sim, estaremos com as páginas do Jornal Ubaense online à disposição.

Nossa conversa de horas, hoje pela manhã com um dos diretores da empresa que faz o gerenciamento da Instituição, mostra que há boa vontade e técnica envolvida, mas os funcionários do Hospital não podem encher a barriga do filho ou filha, com palavras.

É preciso resolver!

O problema é antigo, a irresponsabilidade é antiga, mas a situação é atual. As perguntas são muitas, os recursos já investidos são muitos, mas em uma rápida volta na instituição, é possível verificar que as gestões anteriores devem muita explicação.

A direção não pode se acovardar e esconder. É preciso sentar, ouvir, ouvir, e buscar solução.

Informações extra-oficial, que na tarde dessa quarta-feira, 27, o atual secretário municipal de saúde de Ubá, Ricardo Nascimento, terá uma reunião com diretores da Instituição.

Essa reunião precisa ter resultado e até, se necessário, uma intervenção municipal por 30 dias, para não haver dúvidas.

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Amarildo Oliveira Netto
MTB 18/506 – MG
Editor-responsável

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