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MPMG> OPERAÇÃO “CATARSE” APREENDE ENVOLVIDOS EM SUSPEITA DE CORRUPÇÃO PASSIVA, PECULADO, FRAUDE DE LICITAÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) — Regional da Zona da Mata, em conjunto com a Promotoria do Patrimônio Público de Muriaé, com a Polícia Militar e com a Polícia Civil de Minas Gerais, deflagrou, na manhã dessa sexta-feira, 12 de novembro, a operação “Catarse”. O objetivo é apurar a prática dos crimes de corrupção passiva, concussão, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Foram cumpridos 40 mandados judiciais nos municípios de Muriaé, Divino, Cataguases, Viçosa e Visconde do Rio Branco. Ação tem como alvos vereadores, ex-vereadores, postos de gasolina, construtoras e empresários. São alvos das diligências cinco vereadores em exercício, três ex-vereadores, seis postos de gasolina, três construtoras e 12 empresários.

Está sendo investigada a existência de um complexo esquema criminoso levado a efeito por vereadores e empresários, consistente na emissão de notas fiscais “frias” emitidas com o único fim de “legitimar” o pagamento ilícito de verbas de gabinete aos parlamentares investigados, inclusive no cenário de empresas registradas em nome de terceiros (“laranjas”).
 
Também estão sendo apuradas condutas de agentes políticos da Câmara Municipal de Muriaé, que teriam compelido servidores públicos a repassarem parte de seus vencimentos a eles, inclusive coagindo-os a realizarem empréstimos bancários para a concretização dos delitos. Desses servidores vítimas, alguns declararam que ficaram endividados e chegaram a adoecer em razão das ameaças indiretas perpetradas pelos investigados. Além disso, também se apura a ocorrência de um complexo esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro, em especial quanto à contratação de empresas aparentemente de fachada pelo Município de Muriaé, que pode ter gerado um dano ao erário superior a R$10 milhões.

Para o promotor de justiça coordenador do Gaeco, Breno Costa da Silva Coelho, “delitos como os de corrupção, concussão, peculato, fraude à licitação e lavagem de dinheiro matam pessoas de forma silenciosa e coletivamente, já que ocasionam a miséria, a fome, a falta de leitos nos hospitais, a escassez de recursos destinados aos órgãos e setores responsáveis pela segurança pública, saúde, meio ambiente e educação, dentre outros efeitos gravíssimos, imprescindível a apuração pormenorizada e contundente dos fatos sob investigação”.

**Participaram da coletiva os promotores de Justiça Gabriel Cordeiro Carvalho, Breno Costa da Silva Coelho, Taís Rachel Alves e Sílvio José Marques Ladim.

*Foto capa Rádio Muriaé