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Entenda
Há época do crime, o homem relatou à polícia que a vítima teria cometido suicídio devido a um histórico de depressão e dependência química. No entanto, a investigação, conduzida pelo Núcleo Especializado de Investigação de Feminicídios e pela Delegacia Especializada de Homicídios Centro, demonstrou sérias contradições na versão apresentada pelo suspeito. De acordo com a delegada Iara França, responsável pela investigação, a comprovação de que o suspeito estava dentro do apartamento no momento da queda e o fato de ele ser o responsável por empurrá-la, após uma discussão, levou ao reclassificamento do caso.
“Este é um claro caso de controle psicológico e abuso contra uma mulher. Conseguimos provar que o suspeito tentou manipular a narrativa dos fatos, negando sua responsabilidade. O que confirmamos é que ele jogou a vítima pela janela após uma discussão”, destacou.
Motivação
A apuração revelou que a relação do casal, que inicialmente parecia normal, transformou-se em um caso de controle psicológico e abuso. “O homem, proprietário de um apartamento onde hospedava mulheres jovens e estudantes, manipulava suas vítimas e as subjugava a abusos sexuais e emocionais. A vítima, que tentava reconstruir sua vida, viu-se presa a esse relacionamento, com o investigado exigindo mais do que ela podia oferecer”, ressaltou a delegada.
Prisão
O investigado foi preso temporariamente em novembro de 2024, e a ordem judicial foi convertida em prisão preventiva após a conclusão do inquérito. O indiciamento por feminicídio foi formalizado na última sexta-feira (21/3). O indiciado permanece no sistema prisional, à disposição da Justiça.
Informações PCMG