UBÁ: SERVIDORA QUE TEVE TROCA DE FUNÇÃO PELO PRESIDENTE DA CÂMARA TERÁ QUE DEVOLVER DIÁRIAS POR IRREGULARIDADES
Compartilhe
A Câmara Municipal de Ubá se vê envolvida em uma controvérsia que pode resultar em consequências sérias para uma servidora pública e a presidência do legislativo. Gisele Caires Fernandes, efetivada no cargo de jornalista desde 2010, foi realocada para o setor de compras e licitações pelo atual presidente da casa, vereador José Roberto Filgueiras. Desde junho de 2022, Gisele passou a atuar como pregoeira, acumulando responsabilidades na área de licitações, enquanto realizava cursos de capacitação pagos com diárias da Câmara Municipal. No entanto, a situação ganhou contornos mais complexos quando Gisele começou a se apresentar como consultora, oferecendo assessoria a empresários que desejam participar de licitações, tanto municipalmente quanto estadual e federal.
Em entrevista à Rádio Educadora FM de Ubá, Gisele e sua sócia, Adriana Almeida, ex-esposa do atual diretor-geral do legislativo, Guilherme Gomes Ribeiro – divulgaram a empresa “Assessoria em Licitações – Lance Vencedor”.(redesocial) Durante a conversa, as duas convidaram empresários ubaenses para um seminário realizado no auditório do Intersind, no dia 28 de novembro de 2023, onde estavam presentes palestrantes ligados ao Instituto Plenum Brasil, que mantém um contrato de assessoria com a Câmara Municipal de Ubá.
DENÚNCIA
O escândalo veio à tona quando denúncias de improbidade administrativa começaram a surgir, levantando preocupações sobre a legalidade das diárias que servidora recebeu. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) decidiu investigar a situação e, com base na documentação recebida pela Comissão Especial de Apoio Técnico (CEAT), constatou irregularidades.
O parecer do MPMG aponta que as notas de empenho apresentadas para o pagamento das diárias não estão em conformidade com a lei municipal n.º 3.850/10 e com as diretrizes do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Como resultado, Gisele terá que devolver aproximadamente R$ 16.898,16, valor que pode ser atualizado conforme as diretrizes do MPMG. Não conseguimos contato com os envolvidos.***Matéria em atualização.
A situação gera um intenso debate sobre a ética no legislativo ubaense e levanta questionamentos sobre a supervisão das atividades legislativas. Esse fato, poderá ser apenas a ponta do iceberg em uma investigação que busca assegurar a integridade do serviço público no município.