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MURIAÉ: EX-VEREADOR É CONDENADO A 11 ANOS DE PRISÃO EM REGIME FECHADO POR LAVAGEM DE DINHEIRO

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Carlos Delfim Soares Ribeiro, sua esposa e um assessor foram sentenciados a 11 anos de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro e associação criminosa, conforme decisão judicial decorrente da Operação ‘Catarse’. Esta operação, iniciada em novembro de 2021 pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), investigava as atividades do ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Muriaé, revelando um esquema complexo de ocultação de patrimônio. O Ministério Público acusou Carlos Delfim de utilizar sua esposa e o assessor para dissimular bens obtidos ilegalmente, incluindo veículos, maquinários e outras propriedades registradas em nome de terceiros. Além disso, empresas fictícias, controladas por intermediários (‘laranjas’), foram criadas para ocultar o verdadeiro proprietário dos ativos adquiridos de forma ilícita.

Esta não é a primeira vez que Carlos Delfim enfrenta a justiça por crimes relacionados ao exercício de seu cargo público. Anteriormente, ele já havia sido condenado por corrupção e 24 crimes de concussão, prática na qual um servidor público se beneficia de sua posição para obter vantagens indevidas. O ex-vereador também é réu em processos que totalizam 178 acusações de peculato, caracterizado pelo desvio de recursos públicos, além de dois processos adicionais por lavagem de dinheiro.

PRISÃO

A sentença, que impõe 11 anos de prisão em regime fechado aos réus, representa um passo significativo na luta contra a corrupção e o desvio de recursos públicos na esfera municipal. O caso de Carlos Delfim Soares Ribeiro e seus associados ilustra os desafios enfrentados pelas autoridades na investigação e punição de crimes de colarinho branco, que frequentemente envolvem estratégias complexas para dissimular a origem ilícita de recursos.

Foto capa – Silvan Alves