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GOVERNO LULA RETOMA PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR COM AMPLIAÇÃO DE LISTA DE MEDICAMENTOS

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Ministra da Saúde, Nísia Trindade, assina a recriação do Farmácia Popular ao lado do presidente Lula – Ricardo Stuckert/PR

O governo federal formalizou nessa quinta-feira (7) a retomada do programa, ampliando a oferta de medicamentos gratuitos e retomando o credenciamento de novas unidades participantes em mais de 800 municípios pelo país – foram as primeiras habilitações em oito anos. Além disso, foi anunciado que beneficiários do Bolsa Família poderão retirar gratuitamente os 40 medicamentos disponíveis no programa, em iniciativa inédita.

TENTATIVA DE ACABAR COM PROGRAMA.
Em 2022, O ex-presidente Jair Bolsonaro incluiu proposta de redução de 60% dos recursos para a aquisição de medicamentos e produtos do Farmácia Popular no Orçamento da União de 2023. Na lista de drogas que serão impactadas pelo corte bilionário, estão ainda remédios para osteoporose, rinite, mal de Parkinson, glaucoma e até fraldas geriátricas. Os repasses do programa devem caíram de R$ 2,04 bilhões para R$ 804 milhões no próximo ano de 2023.

ESPERANÇA RENOVADA.

O lançamento do programa, oficialmente chamado Farmácia Popular do Brasil, foi feito pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em Recife (PE). Ao anunciar a retomada do programa, Lula reiterou uma fala que vem repetindo desde que voltou ao Planalto: “cuidar da saúde não é gasto”.

O desconto aplicado na Farmácia Popular atualmente varia de 90% a 100%, isto para toda a população brasileira.

Como pegar a medicação?

Para ter acesso ao medicamento é bastante simples, basta se dirigir até uma farmácia credenciada, ou seja, são estabelecimentos que possuem o selo “Aqui tem Farmácia Popular”.


Nos últimos anos, durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), o programa foi desidratado e praticamente desmontado. Para a ministra Nísia Trindade, o dia que marca a volta do Farmácia Popular já pode ser considerado “histórico”.

“O programa ressurge depois de uma grave estagnação, com problemas, inclusive, de distribuição de farmácias pelo território nacional. O Farmácia Popular pensa as diferenças regionais e os vazios assistenciais do Brasil. Essa é uma das maiores e mais abrangentes parcerias entre o setor público e privado do país. É a economia a serviço da saúde pública”, resumiu.

O Programa Farmácia Popular do Brasil foi estabelecido em 2004 como uma ação adicional de assistência farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente, foram disponibilizados medicamentos com valores mais acessíveis. Em 2006, na primeira expansão do programa, o Ministério da Saúde estabeleceu uma parceria com as farmácias e drogarias da rede privada, criando a modalidade “Aqui Tem Farmácia Popular”.

A partir de 2011, o programa passou a oferecer à população medicamentos gratuitos recomendados para o tratamento de hipertensão, diabete e asma, por meio da estratégia “Saúde Não Tem Preço”. Outros tratamentos continuaram a ser oferecidos copagamento, com descontos de até 90%.

Em 2016, a iniciativa alcançou a marca de quase 35 mil farmácias credenciadas, atendendo a mais de 22 milhões de brasileiros. No entanto, nos últimos anos, após a redução do número de municípios com unidades habilitadas, cerca de 2 milhões de brasileiros deixaram de ser atendidos pelo Farmácia Popular.

Saiba lista de medicamentos oferecidos