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SÃO GERALDO> MPMG REALIZA SEGUNDA ETAPA DE OPERAÇÃO CONTRA POLICIAIS PENAIS POR PARTICIPAÇÃO NO CRIME ORGANIZADO

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Divulgação MPMG

O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Zona da Mata, em conjunto com a Sejusp, Polícia Militar e Polícia Penal do Estado de Minas Gerais, deflagrou, na manhã desta quinta-feira, dia 12 de maio, a 2.ª fase da operação O Mecanismo, destinada a apurar a prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, concussão, prevaricação praticada em sua forma especial, associação criminosa, tráfico e associação para o tráfico de drogas.

Está sendo investigada a existência de um complexo esquema criminoso formado por policiais penais (agentes penitenciários), agentes públicos, presos e pessoas ainda não totalmente identificadas, consistente na promoção do ingresso de drogas, demais materiais ilícitos e aparelhos celulares no interior de estabelecimentos prisionais situados na Zona da Mata mineira, mediante o pagamento de propina e favores indevidos.

A operação objetiva cumprir mandados de prisão, busca e apreensão em Juiz de Fora e São Geraldo. Cerca de 30 celulares foram apreendidos durante a ação de hoje. Três policiais penais foram afastados dos cargos e também foram apreendidos cerca de R$ 55 mil em espécie.

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A operação realizou cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão temporária, bem como ao afastamento do cargo de dois agentes públicos, nos municípios de Muriaé, Visconde do Rio Branco, Palma, Juiz de Fora, Rio de Janeiro, Ervália, Guiricema e São Geraldo. Dois policiais penais e uma pessoa civil foram presos em flagrante delito durante as buscas, em razão da apreensão de munições e de porções de cocaína. 

Para o promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco Zona da Mata, unidade de Visconde do Rio Branco, “viabilizar o ingresso de aparelhos celulares e outros materiais ilícitos para o interior dos estabelecimentos prisionais mineiros, sobretudo se valendo de servidores do Estado, coloca em evidente risco a ordem pública, possibilitando que outros crimes graves, como o tráfico de drogas, assaltos e homicídios qualificados, sejam praticados a partir de determinações oriundas dos presídios e penitenciárias, inclusive emanadas de facções criminosas, com ramificações em diversos estados do país e até no exterior”. 

Informações MPMG