UBÁ: FALTANDO 15 DIAS PARA FIM DO MANDATO, PROMESSA DE REDUÇÃO DE TAXA DE ESGOTO É VISTA COMO PROMESSA ELEITOREIRA
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A menos de 15 dias para o término de seu mandato, o prefeito de Ubá, Edson Teixeira, até o momento, não anunciou a divulgação de sua promessa de redução da taxa de esgoto de 74% para 30%. A medida, anunciada com entusiasmo pelo prefeito durante entrevista à Rádio Educadora e também em suas redes sociais no último dia 9 de agosto, gerou expectativas, mas também levantou dúvidas quanto à sua viabilidade e sinceridade, com muitos considerando a proposta uma jogada eleitoreira.
O anúncio foi feito após um período de pressão popular, que questionava os altos custos do serviço prestado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) à cidade. O prefeito afirmou que um novo contrato, ainda a ser assinado com a empresa, garantiria a redução substancial da tarifa de esgoto e investimentos de até R$ 35 milhões em infraestrutura urbana com a criação de muros de gabião.
No entanto, a medida não foi acompanhada de detalhes concretos sobre como ela seria implementada, o gerou desconfiança entre a população. Em sua declaração, o Prefeito Edson, indicou que os termos do novo contrato já estavam em consenso entre os procuradores do município e representantes da Copasa, porém, não apresentou a minuta do acordo nem esclareceu a participação dos vereadores na negociação. A falta de transparência em torno dos termos do contrato é um ponto de crítica recorrente.
CONTRATO DE PRESENTE
A situação lembra o que ocorreu em 2017, quando o prefeito assinou um contrato de 30 anos com a Copasa sem consultar amplamente a população ou os representantes locais. Na ocasião, a concessão gerou controvérsias pela falta de debate público e pela percepção de que os interesses dos cidadãos não haviam sido devidamente considerados.
Além da redução da tarifa de esgoto, Edson Teixeira, também aproveitou a oportunidade para destacar sua gestão, especialmente no campo da educação, e prometeu novas obras para a cidade. No entanto, a proposta de mudança no contrato com a Copasa, que seria uma das últimas medidas de seu governo, foi vista por muitos como uma tentativa de angariar votos e apoio popular às vésperas do fim de seu mandato.
O anúncio de redução de serviço de esgoto oferecido pela Copasa, que há anos é alvo de críticas pela qualidade e pelos custos elevados, gerou expectativa na população, mesmo assim, a falta de informações claras sobre como a proposta jamis colocada em prática faz com que a promessa de redução da tarifa seja encarada com ceticismo por uma parte significativa da população, que considera o gesto como mais uma tentativa de agradar ao eleitorado em período eleitoral.