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UBÁ: MOTORISTA QUE MATOU DUAS PESSOAS EM RODOVIA DE GUIDOVAL É CONDENADO A 11 ANOS. ACUSADO PODE RECORRER EM LIBERDADE

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Mariana tinha 19 anos quando foi atropelada na rodovia entre Ubá e              Guidoval. A atleta estava em sua bicicleta.

Naquele dia 19 de dezembro de 2015, uma tragédia foi registrado na rodovia MG-120, entre Ubá e Guidoval. Mariana Albuquerque, 19 anos, e Isac Martins, de 23, perderam suas vidas, após o envolvendo de um motorista agora condenado pelo Tribunal do Júri em Belo Horizonte. Samuel Junio da Silva, então com 25 anos na época, foi considerado culpado pelo atropelamento fatal que vitimou Mariana, que pedalava sua bicicleta pelo km 708 da rodovia. O motorista, ao volante de uma Mitsubishi L-200 Triton, com placa de Ubá, não prestou socorro à vítima, cujo corpo foi descoberto a cerca de 100 metros do local do impacto.

O crime não parou por aí. Momentos após o atropelamento de Mariana, o condutor do veículo cruzou novamente o destino de outra vida. Dessa vez, Isac Martins, conduzindo uma motocicleta Honda NXR 150 Bros, foi brutalmente atingido pelo mesmo veículo, no mesmo trecho da estrada. Isac foi resgatado em estado grave pelos bombeiros, sofrendo múltiplas fraturas, incluindo uma fratura exposta na perna esquerda e no braço esquerdo.

O episódio sombrio não se encerrou com os acidentes. Após fugir do local, o motorista foi localizado pela polícia em Ubá, escondendo sua caminhonete danificada no Bairro Laurindo de Castro. No interior do veículo, os agentes encontraram armas de fogo ilegalmente portadas, incluindo uma pistola Taurus calibre 380 e uma espingarda carabina calibre 38, além de munições. Essa sequência de eventos culminou na condenação do motorista a 11 anos e sete meses de prisão, por homicídio doloso qualificado e outros crimes relacionados ao ocorrido. A sentença também determina dois anos e três meses de detenção por porte ilegal de arma de fogo e a suspensão por três anos da habilitação da carteira de motorista. Samuel pode recorrer à decisão em liberdade. 

De acordo com a Justiça, o motorista afirmou em depoimento que não viu a ciclista Mariana na pista e não prestou socorro por estar “assustado” com a situação. Na sequência, sobre o atropelamento de Isac, declarou ter visto um clarão na pista e, a partir de então, afirmou não ter mais recordações.

Os familiares da vítima informaram que irão recorrer na Justiça e pedir uma pena maior.
Informações Estado de Minas/Jornal Ubaense online

Julgamento foi realizado em Belo Horizonte em função da comoção social decorrente dos atropelamentos em Ubá (Crédito: Joubert Oliveira)