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ATROPELAMENTO DE CÃO GERA, AMEAÇA DE MORTES, LIXAMENTO VIRTUAL E SEDE DE SANGUE NAS RUAS DE UBÁ

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Um incidente chocante de maltrato animal publicado em 24 de abril nas redes sociais de Ubá, está causando indignação – após um vídeo viralizar mostrando um condutor de caminhão atropelando deliberadamente um cão de rua. O incidente ocorreu quando o animal estava deitado na rua e o motorista, ao se aproximar, não só não desviou, como pareceu intencionalmente mirar o animal, passando sobre ele com as rodas traseiras do veículo, e retornando para fazê-lo novamente. O estado de saúde do animal não foi informado.

A vereadora Jane Lacerda foi rápida em expor o incidente, compartilhando o vídeo nas suas redes sociais e identificando o veículo envolvido. No entanto, após a exposição da empresa proprietária do caminhão, acabou gerando uma reação em cadeia que foi além do esperado. Perfis anônimos começaram a pedir linchamento virtual e até mesmo ameaças de morte aos proprietários da empresa e ao condutor do veículo.

Felizmente, a situação tomou um rumo mais controlado quando uma das proprietárias da empresa se pronunciou em um vídeo, pedindo desculpas pelo ocorrido e informando que o condutor responsável havia sido identificado e demitido. No entanto, o incidente serve como um lembrete da importância de equilibrar a busca pela justiça com a responsabilidade e a ética, tanto nas ruas quanto nas redes sociais. O combate ao maltrato animal é crucial, mas isso não justifica a perpetuação de mais violência e injustiça.

SEDE DE SANGUE OU JUSTIÇA?

Este caso levanta questões importantes não apenas sobre o crime de maltrato animal, mas também sobre a responsabilidade nas redes sociais. Embora a exposição do incidente possa ser vista como um passo em direção à justiça, a reação desproporcional e muitas vezes violenta dos internautas mostra como o linchamento virtual pode facilmente se tornar uma forma de justiça pelas próprias mãos, ignorando o devido processo legal e os direitos dos envolvidos.
DENÚNCIA DE MAUS TRATOS DE ANIMAIS – A denúncia pode ser feita de forma anônima, pelo Disque-Denúncia 181, ou pessoalmente em qualquer Delegacia da Polícia Civil, ou ainda na Delegacia de crimes contra animais de Minas Gerais – (31) 3212-1339.