Um terrível crime chocou a tranquila cidade de Porto Firme–MG, na noite da última segunda-feira (22), quando uma mulher de 49 anos, natural de Viçosa, foi brutalmente estrangulada em sua própria residência, localizada na rua Bela Vista, no bairro Coronel Toto. A vítima, identificada como Zelia Maria De Souza, foi encontrada sem vida, vítima de um ato de extrema violência perpetrado por seu ex-companheiro, Antônio Carlos Faria Dos Santos, 48 anos, que confessou o crime e foi preso em flagrante.
De acordo com informações fornecidas pela Polícia Militar, ao chegarem à cena do crime, os agentes encontraram Antônio Carlos ainda dentro da residência. Em seu relato aos militares, o autor do homicídio afirmou ter mantido um relacionamento com a vítima e que, embora estivessem separados há cerca de oito meses, continuavam a manter contato.
Segundo Antônio Carlos, após sair do trabalho na tarde da segunda-feira (22), por volta das 16 horas, ele dirigiu-se à casa de Zelia na tentativa de uma reconciliação. No entanto, a vítima teria rejeitado suas tentativas, afirmando que não desejava mais prosseguir com o relacionamento e instruindo-o a seguir seu próprio caminho. Neste momento, relata o autor do crime, ele questionou Zelia se ela preferia ir para o céu ou para o inferno, e diante da resposta negativa da vítima, que afirmou que iria para o inferno, ele iniciou o estrangulamento, cessando apenas quando percebeu que ela estava sem vida.
Diante da confissão do crime, Antônio Carlos Faria Dos Santos foi detido pelas autoridades e encaminhado à delegacia de Conselheiro Lafaiete, onde permanece à disposição da justiça.
Este terrível episódio não é um caso isolado. Infelizmente, o Brasil enfrenta uma triste realidade quando se trata de violência contra a mulher. O feminicídio, que é o assassinato de mulheres pelo simples fato de serem mulheres, é uma triste e recorrente estatística em nosso país. Segundo dados do Atlas da Violência, apenas em 2019, foram registrados 1.314 casos de feminicídio no Brasil, uma média de quatro mulheres assassinadas por dia. Esse cenário alarmante evidencia a urgência de políticas públicas eficazes para combater essa violência de gênero e proteger as mulheres de todo tipo de agressão.
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