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GRS UBÁ PROMOVE CAMPANHA JANEIRO ROXO EM CONSCIENTIZAÇÃO E COMBATE À HANSENÍASE

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Divulgação

Ao longo deste primeiro mês do ano de 2024, as equipes de saúde da Atenção Primária dos 31 municípios que fazem parte da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Ubá, estão mobilizando a população em relação à conscientização e combate à hanseníase. A campanha, conhecida tradicionalmente como Janeiro Roxo, pretende alertar para os principais indícios e sintomas, como a perda de sensibilidade na pele, sensação de dormência e o surgimento de manchas mais claras, vermelhas ou marrons. Além disso, enfatiza-se a importância do diagnóstico precoce e do tratamento gratuito disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

Diagnóstico da hanseníase na Atenção Primária

Em agosto de 2023, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Visconde do Rio Branco implantou o diagnóstico da hanseníase na Atenção Primária, logo após a primeira oficina realizada pela GRS Ubá. O fluxo estabelecido prevê a identificação de casos suspeitos pelos Agentes de Saúde, que encaminham para avaliação da enfermagem do Posto de Saúde da Família (PSF) e consulta médica, se necessária. Identificada a suspeita de hanseníase, o paciente é encaminhado para o Centro de Saúde Beira Rio, onde será aplicada a Avaliação Neurológica Simplificada e outros procedimentos confirmando ou não o caso. Toda a medicação é fornecida pelo SUS e as doses são supervisionadas pelas equipes de PSF, para prevenir o abandono do tratamento. 

Sintomas – A hanseníase inicia-se, em geral, com manchas brancas, vermelhas ou marrons em qualquer parte do corpo, com alteração de sensibilidade à dor, ao tato, ao calor e ao frio. Podem aparecer também áreas dormentes, especialmente nas extremidades, como mãos, pernas, córneas, além de caroços, nódulos e entupimento nasal. Nesses casos, o paciente deve procurar uma unidade de saúde mais próxima para confirmar o diagnóstico. Se a hanseníase não for tratada, pode causar lesões severas e irreversíveis.

 

Tratamento – É feito por meio de comprimidos que são fornecidos gratuitamente nas unidades de saúde. Devem ser tomados diariamente até o término do tratamento, o que é muito importante para alcançar a cura. Vale ressaltar que, imediatamente após iniciar o tratamento, que dura entre 6 a 12 meses, mesmo os pacientes da forma contagiosa, cerca de 30% do total de doentes, já não há perigo de contágio para as pessoas com quem convivem. Os contatos domiciliares dos pacientes com hanseníase têm maior risco de desenvolver a doença, portanto, também devem ser examinados e orientados. 

Por Keila Lima / Fotos: Juliana Vieira