CONSÓRCIO NORDESTE EMITE NOTA CONTRA ROMEU ZEMA, APÓS DECLARAÇÕES SOBRE SEPARAÇÃO ECONÔMICA DE REGIÕES
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O Consórcio Nordeste emitiu uma nota neste domingo (6/8) criticando as declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que voltou a dizer que quer protagonismo político para as Regiões Sul e Sudeste.
“Sempre vamos estar em desvantagem”, disse o chefe do Executivo mineiro ao mencionar que o grupo tem apenas sete das 27 unidades federativas.
“É importante reafirmar que a união regional dos estados Nordeste e, também, os do Norte, não representa uma guerra contra os demais estados da federação, mas uma maneira de compensar, pela organização regional, as desigualdades históricas de oportunidades de desenvolvimento”, declarou o presidente do Consórcio Nordeste e governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB).
O QUE ACONTECEU?
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou a formação de uma coalizão estratégica entre os estados das regiões Sul e Sudeste, conhecida como Consórcio Sul-Sudeste, em uma iniciativa inédita para fortalecer a atuação conjunta e garantir um papel mais proeminente no cenário político nacional. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada neste sábado (5), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que, pela primeira vez, estados do Sul e do Sudeste atuarão em bloco no Congresso para evitar perdas econômicas. Os governadores das unidades federativas das duas regiões estão organizados no Consórcio Sul-Sudeste (Cosud), atualmente presidido por Ratinho Júnior (PSD), do Paraná.
“A cada 90 dias, nós nos encontramos para trabalharmos de forma conjunta. A última reunião foi em Belo Horizonte. Tem muita coisa que um estado faz melhor que o outro”, afirmou. “Também já decidimos que além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos – que é o que nunca tivemos – protagonismo político.”
“Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população, se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos”, declarou.
Uma das primeiras ações do grupo nesse sentido foi durante a votação da proposta de reforma tributária na Câmara dos Deputados. O texto original previa um conselho federativo para gerir o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) com representação igualitária de cada estado. “Nós falamos ‘não, senhor’. Nós queremos proporcional à população. Por que sete estados em 27, iríamos aprovar o quê? Nada. O Norte e Nordeste é que mandariam”, disse o governador de Minas Gerais.
Informações Estado de Minas