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8 DE MARÇO!DIA INTERNACIONAL DA MULHER

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O Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970. Essa data simboliza a luta histórica das mulheres, para terem suas condições equiparadas ao dos homens. Inicialmente, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.

Nossa redação realizou contatos com várias Mulheres e perguntamos.

Qual a maior dificuldade você enfrenta no dia a dia no papel de Mulher do século XXI?


Tatiana Rodrigues – Professora.

“Minha maior dificuldade hoje, como mulher do século XXI, é acumular tarefas. Somos mulheres multifuncionais, com várias responsabilidades e diversos papéis. Investimos tempo e sacrificamos inúmeras coisas para crescer pessoal e profissionalmente. Temos nossa independência e isso é extremamente importante. Porém, ainda mantemos nossa essência feminina. Queremos ser “cuidadas”. Queremos ter tempo de cuidar da nossa família e de nós mesmas.”



Alessandra Silva – Desing interiores, decoradora

“Sabemos que ao longo da história nós mulheres fomos desrespeitadas, subjugadas e dominadas pelos homens. Não éramos ouvidas, e só nos cabia o papel de esposa, mãe e cuidadoras do lar. Papel esse que não deixa de ser honroso, porém visto com menos importância pela sociedade. Com o passar do tempo e a evolução da humanidade percebendo as injustiças impostas pela sociedade que nos dominava, assim então fomos a luta em busca de igualdade. Igualdade para sermos inseridas no mercado de trabalho e ternos os mesmos direitos que os homens.

Hoje no século XXI nós mulheres fazemos a diferença com uma nova realidade. Mas apesar de toda importância e contribuições no crescimento econômico, na educação ETC… Nós ainda enfrentamos dificuldades para ocupar cargos em condições iguais as dos homens no que diz respeito a remuneração, exercendo a mesma função, com a mesma carga horária e mesmos direitos garantidos. Devemos lembrar que o caminho é longo e a jornada e árdua, pois as dificuldades existem na luta por igualdade de direitos e condições para construirmos uma sociedade justa.

O que não podemos é parar.

Devemos unir nossas forças e continuarmos nessa estrada que heroicamente abrimos o caminho, sabendo sempre que ainda enfrentaremos grandes desafios. Eu, por exemplo, sou esposa, mãe, do lar e autônoma e posso dizer, não pretendo parar por aqui, pois acredito que o lugar da mulher seja onde ela quiser. Que Deus abençoe a todas nós mulheres com muita sabedoria para que lutemos, sim, por nosso reconhecimento, mas nunca percamos nossa essência e nossa Fé.

Assim como a mulher sábia edifica o lar, ela pode também edificar o seu Lugar… Feliz dia a todas nós…”


Keila Lima – assessora de Comunicação da Gerência Regional de Saúde de Ubá

“Um aspecto muito importante do universo feminino que ainda não tem a discussão merecida é quando ter filhos, ou não. A dedicação a carreiras profissionais requer longos anos de trabalho duro e aprimoramento técnico, prosseguimento nos estudos para especialização, e este período coincide exatamente com os melhores anos da fertilidade feminina. Muitas de nós descobrimos que essa janela de oportunidade para a vivência materna já se fechou justo no momento em que se vê em situação estável e segura para se tornar mãe, entrando em uma espiral de tratamentos caríssimos de reprodução assistida, com probabilidades iguais para se conseguir o sonhado bebê ou uma imensa frustração.

Para os homens, não há contras, do ponto de vista natural, para se adiar a paternidade. Porém, para as mulheres, isso pode significar não alcançar esse desejo. Por fim, gostaria de deixar a sugestão para as mulheres buscarem conhecer sua saúde reprodutiva com bons ginecologistas muitos anos antes de quererem, de fato, engravidar. Só assim poderão recorrer a métodos que preservem sua fertilidade, como congelamento de óvulos. Espero que este aviso carinhoso auxilie a mulheres alcançarem seus objetivos profissionais sem abrir mão de se tornarem mães quando sentirem-se prontas.”


Simone Benini – Fonoaudióloga

Vera Lúcia Andrade Motta Mendes e Silveira – Advogada, Contadora e Servidora Pública.

“Eu, respondendo ao questionamento, sob a minha ótica e vivência. Tenho muitas dificuldades, sim, pois acabo sendo uma mulher “multitasking”, diante de demasiados afazeres cotidianos. São tantos compromissos que, às vezes, preciso me omitir em vários.

Mas, a mulher, no século XXI, é muito mais desenvolvida e integrada, no fluxo mundial, fortalecida em suas ideias e querer. Às vezes perde-se num desgaste, pela própria compleição física do organismo feminino, muitas vezes frágil, mas ganha-se em interculturalidade, principalmente relacional.

E eu me vejo, num estágio relativo, entre o conceito de fragilidade orgânica, por ser mulher, e, uma aguerrida vencedora, pelas oportunidades que a modernização me proporcionou e proporciona.

Enfim, sinto-me realizada às finalidades a que me propus.
Assim, sou eu, empenhada nos compromissos e beligerante, nas dificuldades.”


Sumaia Jacob – Médica dermatologista

“A maior dificuldade que eu enfrento no dia a dia é: conseguir conciliar a minha vida pessoal com a profissional. Muitas vezes trabalho muitas horas do dia, e deixo de cuidar de mim e da minha família. Apesar de trabalhar no que eu amo, acho que isso triplica a minha responsabilidade profissional, muitas vezes não consigo estar presente em viagens, encontros e confraternizações. A mulher, hoje, é muito responsável no âmbito pessoal e profissional. E assim, eu acabo me cobrando muito. Quero dar o meu melhor diariamente o tempo todo. Feliz dia da Mulher à todas as mulheres!”


Maria Ester Pereira de Faria – Auxiliar de saúde bucal

“São tantos…, mas na minha opinião, um dos grandes desafios do século XXl continua sendo a violência sexual e doméstica. Não podemos mais continuar sofrendo abusos físicos, psicológicos, moral e sexual nos tempos atuais. E o mais revoltante é que a maioria dos casos de abusos vem do parceiro ou de algum membro da família. E como lutar por nossos direitos com o psicológico abalado? Acredito que muitas mulheres por diversas vezes questionam até mesmo sua própria sanidade e inteligência. Basta!!!”


Alcione Taveira da Conceição

“A maior dificuldade para mim é justamente termos que encaixar nos padrões exigidos pela sociedade. Seja de beleza ou social. Imagem não é tudo! Deveríamos enxergar além do que podemos ver.”


Maria da Conceição Silva Ferreira

Kátia Rosignoli – Secretária

“Hoje a mulher do século XXI, busca o autoconhecimento, se prepara, olha mais para si, e ela tem a escolha de usar suas forças. Sou uma mulher forte, tenho a liberdade de escolher ser eu mesma e buscar a minha identidade todos os dias e não abaixo a minha cabeça diante das dificuldades que tenho que enfrentar, encaro sempre com um olhar de que posso sempre ajudar e não deixo que ninguém me descaracterize!

Sou uma mulher que posso, sim, decidir, agir e contribuir ainda mais como este mundo que precisa de mulheres empoderadas! Em meio a tantas conquistas da mulher no século XXI ainda existem barreiras a serem derrubadas, mas conquistamos direito do voto, direito de escolher ter ou não filhos, direitos de tomar nossas próprias decisões e ter independência financeira.

O meu sonho é viver numa sociedade mais justa, num mundo mais inclusivo e equilibrado. O que eu digo para outras mulheres é que não deixem de sonhar e colocar seu sonho em prática, não temam e não desistam do que vocês desejam. Não deixem que ninguém tire isso de vocês.
Feliz dia para todas nós mulheres ❤️”


Rosângela Simplício de Souza – empresária

“Além de ser mãe de três adolescentes, cuidar da casa e todos os afazeres domésticos, tem ainda o lado profissional, pois a um ano me tornei sócia proprietária da Loja Metrópole, em parceria com meu namorado.

Hoje a minha maior dificuldade é achar tempo para tantas tarefas, mas venho conseguindo, graças a Deus e a muita disposição.”

 


Josiani Costa Pires

Merielen Rodrigues – Do lar e empreendedora

“Sem sombra de Dúvidas a falta pelo reconhecimento pelo trabalho doméstico. Na maioria das vezes invisível aos olhos de quase todo mundo. Não tem salário, não tem décimo terceiro, nem férias, ou qualquer outro direito.

E mesmo assim. Você ouve: qual sua profissão do lar. Ah, sim, você não trabalha. Como assim não trabalha? E a grande maioria do novo século ela faz esse trabalho “invisível”

E ainda sai para rua para defender o seu. São muitas tarefas, e quase nenhum reconhecimento. E também a dificuldade de ser aquilo que a sociedade quer que nós sejamos.”



Lucilene Queiroz – empresária

“Acredito que a maior dificuldade da mulher do século XXI possui a mesma raiz dos séculos passados, provar e conquistar seu espaço na sociedade em todos os âmbitos da vida profissional, pessoal, etc. Vivemos em uma linha tênue entre nos posicionar com respeito e credibilidade e sermos taxadas como arrogante. Obviamente nós mulheres desse século conseguimos enxergar com mais clareza que somos muito capazes, mas ainda assim precisamos sempre nos movimentar mais para provar esse valor em uma sociedade com pensamentos machistas ainda muito enraizados.

Apesar de ainda estar presente esses conceitos ultrapassados, acredito muito na evolução dos nossos Direitos, visto como é nítido a diferença dos novos posicionamentos e movimentos de nós mulheres com o passar das gerações.”

 


Adriana Navarro Duarte Leite

“A minha maior dificuldade que enfrento no dia a dia como mulher do século XXl, é por ser uma dona de casa, e não ser respeitada por algumas pessoas que acham que trabalho de casa não é trabalho, têm pessoas que perguntam você não trabalha? Gente, é um trabalho árduo, cansativo e não remunerado, tenho certeza que outras mulheres também passam por isso. #mais respeito#, mais empatia com as mulheres donas de casa!”


Sonia Jacob Rodrigues – Engenheira Civil

“Acredito na força e empoderamento da Mulher. Precisamos apenas conciliar com o machismo que vem a cada tempo predominando, observando-se pelo aumento do feminicídio e violências domésticas. A ausência de mulheres em cargos de confiança no setor privado e público, onde a capacidade técnica deveria ser independente do gênero.

Enfrentei recentemente muitos preconceitos pelo fato de estar disputando como pré-candidata a deputada federal… Não existe união das mulheres em apoio à mulher candidata e por acharem que o homem é sempre o mais forte. Quando surge uma mulher na disputa eleitoral, alguns homens menosprezam e ainda obstaculam no andamento da campanha. Podendo ser observado nos cargos legislativos de todas as eleições da comarca de Ubá.

Mesmo assim, nós mulheres, insistimos em disputar cargos, pois sabemos da nossa capacidade e vontade de realizar pelo bem comum.”


Nós, do site de notícias Jornal Ubaense online, agradecemos o carinho de todas as Mulheres que participaram dessa homenagem. Conhecer um pouco da história e o olhar do mundo, contribuiu para podermos evoluir ainda mais e descobrir que a Mulher brasileira precisa e merece ser sempre reconhecida e admirada.

Parabéns!