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ATLETA NATURAL DE SANTANA DE CATAGUASES CONSEGUE SAIR DA UCRÂNIA COM SUA FAMÍLIA

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Vitória Magalhaes (esposa), Benjamim (filho) e Juninho, atleta de Santana de Cataguases.
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O atleta de Santana de Cataguases, Juninho, seu filho Benjamim e a esposa Vitória Magalhães, com os também atletas, Guilherme Smith e Cristian Fagundes, conseguiram atravessar a fronteira da Ucrânia com a Polônia. Nessa terça-feira, 1.º de março, por volta das 8h no horário local (madrugada aqui no Brasil), eles conseguiram deixar o país com ajuda de um motorista brasileiro que estava em Kiev, capital da Ucrânia, onde os jogadores estavam hospedados, e os levou até a capital polonesa, Varsóvia.

Os atletas mineiros Juninho Reis e Guilherme Smith, que jogam no Zorya, tentaram deixar o país pela fronteira com a Polônia, mas foram frustrados após caminharem 60 km por quase 7h. O frio, de 0 °C, foi um inimigo durante a espera dos jogadores, que tentaram fugir com as mulheres. Juninho Reis também estava com o filho, um bebê. 

Juninho, natural de Santana dos Cataguases, afirmou que autoridades prometeram que na fronteira com a Polônia haveria alguém para ajudar. “Não  tinha ninguém, estamos de mãos atadas. Estamos em situação desesperadora, ninguém ajuda, muito frio, tudo o que a gente tinha de roupa procuramos agasalhar o Benjamin (filho), estamos se tremendo, não tem o que fazer”, relatou.

A travessia entre os países contou, também, com a ajuda de Jorge Luís dos Santos e Ágata Sampaio, que fazem parte de um grupo que se reuniu para resgatar brasileiros.

Guilherme Smith, é de Juiz de Fora, ele, postou sobre a longa caminhada sob o frio ucraniano. “Situação delicada agora, achava que ia chegar na fronteira, muito perto, 4km, de repente barraram a gente, multidão de pessoas aqui, se revoltam uma com a outra, não desejo pra ninguém viver, situação difícil, de madrugada, muito frio, muito triste e a gente não tem solução do que fazer, as autoridades não querem conversar com a gente, difícil explicar que somos brasileiros, mas ninguém faz nada por nós”

“Nunca pensei que eu fosse viver isso com apenas 18 anos. Morar sozinho na Europa e de repente viver uma guerra. No momento eu tô muito feliz por conseguir sair, mas eu espero que o povo ucraniano fique bem, é um povo muito querido”, afirmou o jogador.