A Polícia Civil realizou uma coletiva de imprensa na tarde dessa terça-feira (22) para dar mais detalhes sobre a prisão do policial militar, 2.º Sargento, lotado no 47.º Batalhão em Muriaé. Ele é o principal suspeito de atirar quatro vezes em sua prima, Nayara Andrade Rocha de 34 anos, no Salão de Beleza onde trabalhava, no Belisário, no bairro Barra, ocorrido no dia 1 de junho. Quatro dias depois, já internada no Hospital São Paulo, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Durante a coletiva, os delegados, Alessandro da Matta, Gleydson Ferreira e Tayrony Espindola detalharam toda a investigação que levou até o nome do policial militar apontado como principal suspeito. Conforme os delegados, a investigação iniciou após os disparos, ainda no local do crime. Tudo indica que o homicídio foi para o suspeito receber uma apólice de seguro feita no nome da vítima pelo próprio PM.
Segundo informações, o militar receberia cerca de R$ 22 milhões com a morte da vítima. A seguradora confirmou que o seguro foi feito pelo suspeito.
Confiança extrema no suspeito
Além de ser próximo da família, o sargento era uma das pessoas de confiança da vítima. Por ser policial militar, por diversas vezes ele atuava como um despachante da família. E foi através desta confiança que a vítima assinou toda a documentação das apólices de seguros que foram pagas pelo próprio militar.
A prisão
Após todos os desdobramentos investigativos, o PM foi localizado e preso pela Polícia Civil na região central de Muriaé. Ele não reagiu à prisão e colaborou com os procedimentos. Na mochila que ele usava, havia outra mochila com as mesmas características usadas no dia do crime. Em seguida, a PC realizou uma busca em sua residência e apreendeu dezenas de materiais que poderão servir como provas no crime.
Ele foi levado para a 4.ª Delegacia de Polícia Civil no bairro Safira e a todo o momento usou o seu direito de permanecer calado. Na mesma noite, o sargento foi transferido para o Presídio Militar, localizado em Ubá.
Repúdio da Polícia Militar de MG
Participou da coletiva de imprensa o Major Wesley, comandante da PM de Carangola, substituindo o tenente Cel. Márcio Roberto e Major Sandro que estão em viagem.
O Major repudiou a atitude do militar e disse que o sargento foi imediatamente afastado para o andamento das investigações. A princípio ele permanecerá preso por 30 dias, podendo ser estendida, caso a justiça entenda que seja necessário o suspeito permanecer por mais tempo detido.
“Não estamos satisfeitos de ver um companheiro de segurança pública na trama deste homicídio, mas devemos colocar nosso comprometimento e profissionalismo com a sociedade”, destacou o delegado Tayrony Espindola.
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