A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta quinta-feira (22), uma operação para coibir uma organização criminosa mineira que aplicava golpes em compradores de veículos no Distrito Federal. Conforme a investigação, o grupo mantinha um site falso de leilão de automóveis.
De acordo com a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), os criminosos lucraram quase R$ 1 milhão. Cerca de 90 pessoas teriam caído no golpe. A operação policial, chamada de “Falso Martelo” cumpriu três mandados de busca e apreensão com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Conforme os policiais, “a base operacional dos criminosos ficava no município de Carangola, em Minas”.
Nomes e endereço onde estava a central não foram divulgados.
Os suspeitos buscavam interessados em comprar carros em Brasília e pediam aos compradores para que, após os lances, fizessem depósitos bancários. As contas eram de pessoas ligadas ao grupo, que ficavam com o dinheiro.
Os agentes recolheram computadores, celulares, dinheiro em espécie e “demais elementos que contribuirão para a continuidade das investigações”.
No mês passado, a Polícia Civil do DF prendeu suspeitos de integrar uma organização criminosa especializada em furtos de veículos usando o serviço de guincho. Ao todo, foram cumpridos oito mandados de prisões temporárias, 16 de busca e apreensão e três sequestros de valores. Um dos alvos está foragido.
De acordo com a investigação, a quadrilha possuía um “modus operandi inusitado”. Olheiros do grupo localizavam carros de interesse, que estivessem estacionados em locais públicos, anotavam a placa dos veículos e falsificavam o licenciamento digital (CRLV). Em posse dos dados, os fraudadores passavam a fazer contato com serviços de guincho e, fingindo ser o proprietário, solicitavam o reboque dos carros até locais predeterminados.
A polícia informou ainda que a quadrilha mandava a cópia falsificada dos documentos dos carros por mensagem, e os falsos proprietários explicavam aos guincheiros o local exato do veículo. Em algumas oportunidades, eles chegaram a se encontrar pessoalmente com o prestador de serviço e entregar chaves falsas.
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