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Em entrevista à Rádio Educadora – o irmão caçula contou um pouco sobre o carinho que a irmã tinha com a Família.
Era início da tarde de sábado (16) – fui convidado a ir até a casa de um dos irmãos da Professora Marilena Ferreira Umezo – covardemente assassinada em um atentado na Escola Estadual Raul Brasil em Suzano – SP – junto de Marilena , mais sete pessoas, entre alunos e uma colega de trabalho e o Tio de um dos assassinos.
Ao chegar na residência no Bairro Altair Rocha – era a primeira vez que este repórter tinha contato pessoalmente com membros da Família Ferreira. Fui recebido por Mário Ferreira, irmão mais novo da Professora e outros familiares.
O clima, claro, não era de alegria mas também não havia melancolia ou tristeza. Era um clima de perda sim…de uma pessoa muito querida, mas que deixou marcas positivas e um legado de carinho e amor pelo próximo.
Na conversa, ouvi um pouco sobre a Lelena, carinhosamente chamada pela família Ferreira. Sua História de vida e luta e sua vontade de superação. Superação que eu confesso, fiquei surpreso ao saber que Marilena, se tornava Professora de Filosofia aos 50 anos de idade.
Foi uma dose de energia que recebi desta Mulher, que nos deixou precocemente, mas que muito deixou de aprendizado.
Na sala, com o ventilador de teto ligado para aliviar o calor de Ubá – Mário, junto da esposa, seu irmão José, sua cunhada e outros familiares, contava sobre a irmã…Entre lembranças de cuidado com Pai já falecido e de como a irmã era querida pela família e principalmente ligada aos compromissos da Escola Estadual Raul Brasil.
Marilena era Coordenadora Pedagógica da Escola e com isso era muito requisita, mesmo estando de folga. Durante os relatos, a família disse que certa vez, Marilena ficou mais de 4 horas ao telefone fazendo orientações e acertando detalhes com a direção da Escola – ela estava de folga em Ubá – mas o amor pela educação não impediu que daqui – pudesse está lá…e hoje…Marilena não está aqui e nem lá – mas em outro lugar – para aqueles que acreditam.
Marilena deixará saudades… Mas o amor por um mundo melhor baseado na Educação…jamais morrerá.
Meu carinho e solidariedade as Famílias de todas às vítimas.
Amarildo Oliveira Netto – Repórter Rádio Educadora/Jornal Ubaense online